![]() |
O julgamento de Pedro Paulo Barros Pereira Júnior, na foto, durou mais de 15 horas / Foto: Brunno Dantas - TJRJ |
A Justiça condenou, nesta quinta-feira, dia 3 de julho, Pedro Paulo Barros Pereira Júnior a pena de 40 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado. A vítima foi a ex-mulher, a corretora Karina Garofalo, morta a tiros em agosto de 2018, na porta de um condomínio, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, enquanto caminhava com o filho, à época com 11 anos. A sentença foi anunciada durante a madrugada pelo juiz Thiago Portes Vieira de Souza, que presidiu o júri.
Policiais fazem buscas por suspeito de matar ex-esposa no Rio de Janeiro em Fazenda da família
Depois de 15 horas de julgamento, o corpo de jurados, por maioria de votos, reconheceu que o crime foi cometido por motivo torpe, “com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (eis que a atingiu pelas costas, de surpresa, quando caminhava tranquilamente com seu filho em local onde jamais imaginou ser atacada)”, “praticado por razões de ser a vítima do sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar”, e “cometido na presença do descendente tanto da vítima quanto do próprio réu e que possuía apenas 11 (onze) anos de idade, no momento em que caminhava de mãos dadas com sua genitora” — sendo este último quesito utilizado para aumentar a pena.
![]() |
Foto: Karina Garofalo (arquivo) |
Polícia prende mais um suspeito de envolvimento no assassinato de corretora no Rio
Os autos revelaram que o filho da vítima, antes de ver a mãe ser executada, “teve de suportar o fato de ser utilizado por seu próprio pai, que, por meio de constantes ligações no dia do crime, viabilizou o monitoramento dos passos da vítima e, com isso, viabilizou o sucesso da empreitada criminosa”.
Disque Denúncia oferece recompensa para informações sobre morte da corretora no Rio
A sentença ressalta que “o crime foi meticulosamente premeditado pelo réu, tendo refletido por considerável lapso temporal a empreitada criminosa, trabalhando psiquicamente a conduta, planejando modo de execução, álibis e janela de oportunidade adequada para ceifar a vida da vítima” - que foi “atingida por disparo de arma de fogo na cabeça, tendo seu corpo deixado a esmo em plena luz do dia próximo ao local de sua própria residência, largada em uma calçada como se um animal desprezível fosse, a demonstrar anormal audácia e desprezo à vida alheia”.
Já está preso homem suspeito de mandar matar ex-companheira no Rio de Janeiro Polícia prende o segundo suspeito de matar a corretora Karina Garofalo no Rio de Janeiro
0 Comentários