ACESA: Rodovias federais estão em melhores condições, aponta pesquisa

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Rodovias federais estão em melhores condições, aponta pesquisa

Mais de 52 mil quilômetros de rodovias federais foram avaliadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o DNIT, e de acordo com o levantamento, quase 70% delas estão em bom estado de manutenção. Foram considerados critérios como defeito no asfalto, sinalização, altura da vegetação que fica às margens das pistas e drenagem. Há 33 anos, Bené Victor trabalha como motorista de caminhão e diariamente ele passa pela BR 070, uma das rodovias avaliadas pelo DNIT. Segundo ele, a pista está em ótimo estado.

"100%, de placa, de tudo. Toda boa. Não tem buraco não."

Segundo o levantamento, 20,6% das rodovias federais brasileiras foram avaliadas como regular; 6,9% estão em estado ruim e 5% dos trechos estão em péssimas condições de manutenção. A partir de janeiro do ano que vem, esta pesquisa vai ser feita de três em três meses, mas o objetivo é que o levantamento seja feito mensalmente. Quem dá mais detalhes sobre o Índice de Condição de Manutenção, o ICM, é o coordenador de Programação e Serviços do DNIT, Rodrigo Portal de Matos.

"O ICM é um índice que foi idealizado pelo DNIT para a gente conseguir fazer o levantamento das condições da malha rodoviária do Brasil como um todo, né? De forma rápida, para a gente ter uma frequência de levantamentos muito maior."

Para fazer este levantamento, a equipe do DNIT percorre a rodovia a uma velocidade de 60 km/h e, com o equipamento adequado, estabelece o georeferenciamento da pista por satélite, preenche os dados de cada segmento usando um aplicativo criado pelos engenheiros da autarquia. As rodovias com pista simples são avaliadas somente em um sentido, considerando as duas faixas. Já as rodovias em pista dupla são avaliadas de forma independente para cada sentido de tráfego.

Porém, de acordo com o especialista em educação e segurança no trânsito, Eduardo Biavati, as rodovias brasileiras têm uma deficiência estrutural, que já persiste há anos.

"Ela ainda pertence a metade do século passado, o século 20. É uma malha rodoviária que, na sua grande extensão, não receberam investimentos, nem uma atualização para acompanhar o aumento do volume de uso dessas vias e também o tipo de veículo que circula nelas. O que a gente tem, no geral, é isso: rodovias sem acostamento, com pouca sinalização."

Eduardo Biavati alega também que as vias são raramente duplicadas e o controle de velocidade por radares e câmeras ainda é muito limitado.
Bom, mas se você for pegar a estrada e quiser verificar como está a qualidade da rodovia que vai percorrer, acesse www.dnit.gov.br e clique no ícone ICM. Lá você vai poder conferir a situação das rodovias federais em cada estado brasileiro.

Reportagem, Cintia Moreira.

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