A seleção brasileira
também quebrou o seu recorde de pontuação desde que o torneio passou a
ser disputado por pontos corridos para a Copa do Mundo de 1998
A
seleção brasileira continua imbatível nas eliminatórias sul-americanas
para a Copa do Mundo-2018. Nesta quinta-feira (31), a equipe ficou aquém
das últimas atuações, mas conseguiu vencer o Equador por 2 a 0, na
Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
Com a vitória, a nona
consecutiva na competição, o time dirigido por Tite conseguiu algo
imaginável há um ano. Com três rodadas de antecedência, conquistou o
título simbólico do torneio -soma 36 pontos e não pode ser mais
alcançado pela Colômbia, vice-líder, com 25.
A seleção brasileira
também quebrou o seu recorde de pontuação desde que o torneio passou a
ser disputado por pontos corridos para a Copa do Mundo de 1998. Até
então, o melhor desempenho brasileiro foi nas eliminatórias de 2010,
quando somou 34 pontos.
O Brasil ainda pode conquistar o maior
número de pontos da história do torneio. A marca pertence a Argentina,
que somou 43 pontos na caminhada rumo ao Mundial de 2002.
A
vaga no Mundial havia sido conquistada em março, quando derrotou o
Paraguai por 3 a 0, no Itaquerão. Na oportunidade, a seleção se tornou o
primeiro país classificado para a Copa com exceção dos anfitriões. A
classificação foi a mais antecipada de uma seleção nas eliminatórias
sul-americanas com esse novo formato de turno e returno.
Os
números alcançados pela seleção surpreendem. Há um ano, o Brasil ocupava
a sexta colocação, enquanto os equatorianos estavam na liderança. A
arrancada começou justamente com uma vitória sobre os adversários desta
noite por 3 a 0, em Quito.
A equipe que entrou em campo no dia 1º
de setembro de 2016 foi a mesma que jogou na Arena do Grêmio. Desde que
assumiu o time, Tite fez apenas uma modificação por opção. Após duas
rodadas, tirou Willian, que não atravessava bom momento, e colocou
Philippe Coutinho.
O jogador do Chelsea só retomou a vaga de
titular nesta rodada. O meia-atacante, porém, não teve uma boa atuação
assim como toda a seleção na etapa inicial.
Apesar de controlar o
jogo, a equipe de Tite não conseguia encontrar espaços para passar pela
marcação adversária, que se fechava em duas linhas de quatro. Na etapa
inicial, chegou apenas em chutes da entrada da área com Paulinho e
Gabriel Jesus, que pararam no goleiro Banguera.
Neymar, que fazia
seu primeiro jogo pela seleção desde que se tornou o jogador mais
valioso do mundo - foi contratado pelo Paris Saint-Germain por R$ 824
milhões-, também não esteve bem e ainda recebeu um cartão amarelo. Ele
teve alguns lampejos, mas sem efetividade.
Com 30 minutos, a torcida gaúcha já pedia a entrada do gremista Luan.
No
segundo tempo, porém, tudo mudou. Não foi uma atuação brilhante, mas
eficiente. Tite voltou com Thiago Silva no lugar de Miranda. Com 13
minutos, trocou Renato Augusto por Philippe Coutinho, que pode ser
anunciado nesta sexta-feira como novo reforço do Barcelona.
A
mudança de um jogador mais defensivo por outro mais ofensivo era um dos
testes que o treinador desejava fazer. Com esta formação, tentou dar
mais dinamismo para o time e conseguiu.
Antes da troca, porém, a seleção criou grande chance em uma cabeça de Gabriel Jesus, que exigiu excelente defesa do goleiro.
Dez
minutos após a entrada de Coutinho, o Brasil abriu o placar, mas não
teve a participação do meia. Willian cobrou escanteio e Paulinho dominou
dentro da área para encher o pé e vencer Banguera
Com a vantagem,
a seleção se soltou em campo e conseguiu ampliar. Aos 30 minutos,
Coutinho arrancou e enfiou para Gabriel Jesus, deu um chapéu no goleiro e
escorou de cabeça para o ainda jogador do Liverpool ampliar.
Após
os gols, os torcedores deixaram a irritação de lado e entoaram o grito
de olé. A festa ficou completa com a entrada de Luan nos minutos finais.
BRASIL
Alisson;
Daniel Alves, Marquinhos, Miranda (Thiago Silva) e Marcelo; Casemiro;
Paulinho, Renato Augusto (Coutinho), Willian e Neymar; Gabriel Jesus.
T.: Tite
EQUADOR
Banguera; Velasco, Arboleda, Achilier e
Cristian Ramírez; Quiñónez, Noboa, Valencia, Gaibor e Fidel Martínez;
Énner Valencia. T.: Gustavo QuinterosEstádio: Arena do Grêmio, em Porto
Alegre
Público presente: 36.869
Renda: R$ 7.886.450,00
Juiz: Mario Diaz de Vivar (PAR)
Cartão amarelo: Neymar, Jesus e Marcelo (BRA); Fidel Martinez e Velasco (EQU)
Gols: Paulinho (BRA), aos 23 minutos, e Philippe Coutinho (BRA), aos 30 minutos do 2º tempo