Rádio Acesa FM VR: Volta Redonda importa mão de obra

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Volta Redonda importa mão de obra

Para Haroldo Fernandes, governo municipal precisa qualificar mão de obra e incentivar empreendedorismo

Apesar dos resultados fracos em termos de saldos de emprego medidos pelo Caged em 2013, Volta Redonda está numa condição próxima do pleno emprego - quando todas as pessoas que querem ou precisam trabalhar têm acesso a um posto de trabalho. Com os saldos significativos gerados nos últimos anos (o mercado de trabalho em Volta Redonda ganhou 16 mil empregos entre 2008 e 2012), a maior parte das pessoas que precisa ou quer trabalhar já está empregada.

De acordo com o coordenador de Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Volta Redonda, Haroldo Fernandes, essa situação faz com que a cidade seja uma importadora de mão de obra:
- Mais gente vem de outras cidades para trabalhar em Volta Redonda do que sai do município para trabalhar em outros. Alguns setores, como o comércio, já encontram dificuldades para conseguir funcionários. No entanto, a preocupação do governo municipal, nesse aspecto, é que a demanda por profissionais só é um dado positivo quando existe a oferta correspondente. Por isso, o governo está preparando diversas escolas técnicas, para gerar empregabilidade entre os jovens, e incentivando o empreendedorismo, de modo a dar espaço á criatividade- afirma.

O dado que indica a boa situação do mercado de trabalho na cidade é medido através da comparação entre o número de postos de trabalho formais no município (em 2010, de acordo com o IBGE) e o número de habitantes. No final do mês passado, de acordo com o Caged a cidade contava com aproximadamente 73.270 mil postos de trabalho formais.

Considerando que a população da cidade está próxima dos 260 mil habitantes - o dado oficial mais recente é de 2010 e indicava 257.803 - existe um emprego formal para cada 3,5 pessoas. Se retirarmos da conta as parcelas da população que ficam fora do mercado do trabalho por faixa etária (crianças, adolescentes e aposentados ) e as pessoas que estão ocupadas, mas sem registro em carteira de trabalho (funcionários públicos estatutários, autônomos, profissionais liberais, empresários e donas de casa), a quantidade de vagas disponíveis se aproxima do total de pessoas em condições de trabalho.

Esse fenômeno acaba por gerar um efeito colateral interessante: a redução no índice de crescimento do número de empregos. Isso acontece porque os saldos do Caged são calculados subtraindo-se o número de demissões do número de admissões. Se em uma cidade são admitidas três mil pessoas e demitidas duas mil, ela gera um saldo positivo de mil empregos. A comparação entre os somatórios de todas as admissões e de todas as demissões mostra o crescimento do mercado de trabalho, expresso no número de empregos existentes.

O detalhe é que o Caged não leva em consideração as vagas oferecidas, mas as preenchidas. Se uma empresa busca 15 profissionais para determinado cargo, mas só consegue dez, o Caged só leva em consideração as dez vagas preenchidas para calcular o total de admissões.
Assim, quando novas oportunidades surgem, a tendência é que alguém que já está empregado assuma esse cargo, deixando o local onde trabalha no momento. Para os efeitos do Caged, essa situação é uma soma zero: houve uma admissão, mas também houve uma demissão - mesmo que tenha sido a pedido.

Além disso, existe um certo número de pessoas que sai do mercado de trabalho a cada ano, por motivo de aposentadoria. As vagas abertas por essas pessoas são preenchidas por outras que estão entrando no mercado de trabalho, sem que o "estoque" de empregos existente cresça de forma significativa.

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