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sexta-feira, 29 de março de 2013

Taxista que buscou João Felipe na escola fala sobre o caso

 


A todo momento vão surgindo novos fatos sobre o assassinato do menino de seis anos, em Barra do Piraí. Hoje, o taxista que buscou João Felipe na escola falou sobre o caso pela primeira vez. Desde o dia em que fez a corrida a pedido da manicure, o taxista não voltou a trabalhar.

— Ele está sem condições psicológicas de trabalhar – disse o taxista Murilo Henriques do Couto.

Eram 14h quando a mulher foi até o ponto onde Rafael trabalhava para pedir um orçamento. Dez minutos depois, ela ligou confirmando o serviço. A manicure disse que ia para o hotel porque a casa dela estava em obras. Quando chegou ao colégio, o taxista recebeu uma orientação.

— Próximo à escola, ela começou a falar no celular. Não sei se ela estava fingindo ou falando com alguém. Ai eu parei em frente ao portão da escola e ela pediu para eu pegar o João para ela. Normal. Ela estava falando no celular e, para mim, esse era o motivo para ela não querer entrar na escola. Eu fui, entrei no primeiro ambiente da escola, tinha duas crianças e eu perguntei qual deles era o João. Eles responderam que não era nenhum deles. Aí eu fui até o segundo portão, onde tinha uma professora, e falei que vinha pegar o João. E ela perguntou se eu ia levá-lo. Eu falei que não, que tinha uma senhora no táxi, falando no celular, que pediu para que eu o pegasse. Foi aí que ela o chamou. Ele já estava separado, com mochila a dele, em um banco, à espera de um táxi – detalhou o taxista Rafael Fernandes.

O taxista conta que, em nenhum momento, João Felipe estranhou a presença de Suzana.

— Eles foram brincando para o hotel. Ela estava fazendo cócegas na barriga dele. Normal – acrescentou Rafael.

Ele conta ainda que, quando chegou ao hotel, a mulher disse à criança que a mãe logo chegaria. No quarto, a manicure asfixiou João Felipe. O corpo do menino de seis anos foi encontrado em uma mala. Revoltada, a população pichou as paredes da casa da manicure. A foto, divulgada ontem pela Secretaria de Administração Penitenciária, mostra a mulher já sem o alongamento no cabelo e com o rosto inchado. Os moradores acompanham tudo pela imprensa.

— Está todo mundo apavorado, porque a gente não esperava, em uma cidade pequena como a nossa, acontecer uma coisa dessa. O comentário na cidade, em geral, é só esse: o monstro de Barra do Piraí – desabafou o mecânico Marcelo Medeiros.

Na noite de quarta-feira (27), a empresária Aline Santana, mãe de João Felipe, prestou depoimento. O delegado ainda precisa ouvir duas pessoas: a camareira do hotel e o pai da criança. Esse último é o mais importante, já que pode ajudar a descobrir, ao certo, por que a manicure queria se vingar da família.

Segurança nas escolas
A saída das crianças da escola é um momento que exige cuidados. O Sindicato das Escolas de Educação Básica orienta que as instituições tomem algumas medidas. No início do ano, os pais devem deixar uma lista com nomes das pessoas autorizadas a retirar as crianças da escola. Em caso de mudanças na rotina de saída da criança, a informação deve ser feita pela agenda e, se possível, ser confirmada por telefone. Ainda segundo o sindicato, a entrega da criança ao responsável deve ser feita sempre pela mesma pessoa: coordenadora, professora ou um funcionário da escola. As escolas adotam medidas de segurança, as famílias têm obrigação de seguir as normas, mas é importante que os pais sempre conversem com os filhos.

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