Rádio Acesa FM VR: Família reclama de demora na liberação de corpo de vítima de acidente

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Família reclama de demora na liberação de corpo de vítima de acidente

O caminhoneiro Hélio de Oliveira Gomes, de 47 anos, morreu na tarde de hoje (27), por volta das 13h, no Hospital São João Batista. Ele estava internado desde o sábado (24),em estado grave no Centro de Terapia Intensiva.

No acidente, o motorista sofreu traumatismo craniano e hemorragia cerebral. A colisão aconteceu no km 274 da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), quando seguia na pista em direção a Volta Redonda.

Após o falecimento, o corpo de Hélio foi removido ao Instituto Médico Legal, em Três Poços, para ser necropsiado. Porém, até por volta das 20h, o exame não havia sido feito.

De acordo com a cunhada do caminhoneiro, Cirleide Maria Delegati Alves, funcionários do IML informaram que a perícia só acontecerá na manhã de quarta-feira.

- É um absurdo com a nossa dor. Estamos desde cedo tentando liberar o corpo do Hélio. O IML deu duas versões sobre a demora. Primeiro disseram que a luz não era adequada ao exame, logo em seguida, falaram que não havia material para a perícia. Segundo os funcionários, o IML tem uma conta de produtos para ser usado na autópsia e que essa conta tinha se encerrado. Isso é uma falta de respeito com a nossa dor - reclamou Cirleide.

O médico perito Júlio César Benicasa da Rocha, responsável pelos exames da noite de hoje, negou a versão de falta de material.

- Conforme o Conselho Federal de Medicina é proibido a realização de autopsia durante a noite, sem foco cirúrgico. Aqui no IML realizamos o exame com foco de luz e luz florescente, que só pode ser usado com a luz do dia. Se fizer a autópsia algum detalhe importante de passar desapercebido, e isso pode prejudicar a família - explicou o médico, que ainda citou um ditado usado pelos peritos: "Na noite, uma necropsia mal feita é aliada da exumação".

O especialista esclareceu que o Instituto Médico Legal funciona a noite para a realização de outros exames.

- Estamos de plantão durante toda a noite para atender casos de estupro, embriaguez ao volante e da Lei Maria da Penha - agressão contra mulher. Infelizmente preciso seguir as normas do Conselho para realizar um exame bem feito, comparando todos os laudos do hospital com os hematomas da vítima - finalizou.

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