CSN recua e não fechará portaria do Retiro


A CSN recuou na decisão de fechar a Portaria Norte de acesso à Usina Presidente Vargas, no Retiro, que estava programada para a partir da próxima segunda-feira. A decisão de não fechar foi comunicada pela empresa o Sindicato dos Metalúrgicos  na tarde desta sexta-feira. De manhã, o presidente do sindicato, Renato Soares, e o vice-presidente, Silvio Campos, se reuniram com o diretor executivo de Produção da companhia Enéas Diniz e com o setor de Recursos Humanos da empresa.
- Tivemos o compromisso de que não haverá o fechamento, que causaria uma série de transtornos aos empregados e à própria cidade. Prevaleceu o bom senso – disse Renato, que, tão logo a medida foi anunciada, na última terça-feira, acusou a empresa de tentar, com a medida, pressionar seus trabalhadores para aceitar a mudança de turno na fábrica, de seis para oito horas.
Segundo Renato, na reunião, o diretor da CSN negou que a atitude tivesse algo a ver com a questão do turno. A empresa alegava que a medida visava a aumentar a produtividade da Usina Presidente Vargas. “Disse a ele que não fazia sentido, pois até aumentaria a despesa, pois muitos funcionários passariam a requerer o vale-transporte”, informou Renato.
Se a portaria fosse fechada, os trabalhadores teriam que optar pelas entradas do Jardim Paraíba, Vila Santa Cecília e Conforto. Pelo Retiro, chegam à usina os funcionários que moram, principalmente, nos bairros localizados na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. A entrada é feita sobretudo por metalúrgicos que chegam de bicicleta, de motocicleta e, principalmente, à pé.