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terça-feira, 22 de outubro de 2013



Pobreza faz criança torna-se adulto sem controle emocional, sugere pesquisa

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Colorado, nos Estados Unidos, e destacado na mais recente edição do periódico científico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) afirma que a condição de pobreza na infância de um indivíduo limita sua capacidade de controle emocional na vida adulta.
Para a pesquisa, isso ocorre porque a pobreza na infância afeta diretamente, e com duração acentuada, as regiões do cérebro que controlam emoções.
O efeito seria sentido em uma região do cérebro chamada amídala cerebelosa, responsável por detectar e responder a ameaças. Essa área fica sob controle de outra área do órgão: o córtex pré-frontal.
Juntas, as regiões desempenham papéis fundamentais na resposta cerebral a situações de estresse e quando ativadas acima do normal podem desencadear quadros de depressão, ansieade, impulso agressivo e vícios.

Pobreza x classe média

Para chegar a essa descoberta, os pesquisadores analisaram a atividade cerebral de 54 adultos enquanto os submetiam a um experimento.
Destes, metade havia tido uma infância pobre e metade vinha de famílias de classe média.
O experimento consistia em exibir aos participantes imagens retratando situações negativas e questioná-los acerca da intensidade de suas reações àquelas imagens.
Ao mesmo tempo, a ressonância magnética indicava aos pesquisadores o nível de atividade da amídala cerebelosa e do córtex pré-frontal durante a visualização das imagens.
Isso revelou que participantes que haviam experimentado condição de pobreza na infância tinham níveis anormais de atividade nessas áreas do cérebro, ao contrário do que ocorria com os participantes que não haviam sido pobres quando crianças.
De acordo com os autores do estudo, a descoberta pode ajudar a melhorar políticas de redução de disparidade social.

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