Rádio Acesa FM VR: Rio de Janeiro amplia Teste do Pezinho

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Rio de Janeiro amplia Teste do Pezinho

Número de doenças raras rastreadas pelo exame passa de 7 para 54. Anúncio foi feito nesta segunda (02) pelo governador Cláudio Castro e pela secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello
O Rio de Janeiro ampliou o exame de Triagem Neonatal, conhecido como Teste do Pezinho. Com a medida, o exame passa a rastrear 54 doenças raras que podem ser detectadas precocemente na rede pública de saúde do estado. Antes, o número era de sete enfermidades. A ampliação é resultado de convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae Rio). O exame já está disponível para bebês recém-nascidos desde o dia 1 de agosto. O investimento para custear a iniciativa é de 2,5 milhões mensais.

O anúncio foi feito em cerimônia realizada no último 02, no Palácio Guanabara, pelo governador do Estado do Rio, Cláudio Castro, e a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, a

O Teste do Pezinho é capaz de rastrear doenças metabólicas e genéticas que podem causar sequelas ou levar crianças à morte. Por isso, todos os bebês devem fazer o exame entre o terceiro e o quinto dia de vida. Com a entrada de 47 novas enfermidades no rol, o estado passa a ser o único do país a processar o exame coletado em unidades de saúde cadastradas e avança para a Etapa 2 da implementação escalonada prevista na Lei Federal nº 14.154/ 2021, que engloba doenças relacionadas a galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e da betaoxidação dos ácidos graxos.  

"Diagnóstico preciso e rápido pode representar melhor qualidade de vida e até a chance de vida, dependendo da doença detectada. Por isso, hoje não estamos apenas fazendo uma entrega. Estamos dando luz a crianças e famílias que antes eram invisíveis", disse a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, durante a cerimônia.

As amostras coletadas são processadas no laboratório da sede da Apae Rio, o resultado fica disponível na Internet em até 10 dias e pode ser acessado, com o número do filtro do exame fornecido pela unidade de saúde e a data de nascimento do bebê, em dois sites: www.netlaudo.com.br/consulta (para crianças nascidas até 31 de julho de 2023), e https://clickexame.com/srtn/(para os que nasceram a partir de 1º de agosto de 2023. O Rio de Janeiro é o único estado a disponibilizar esses resultados online. O serviço está disponível à população desde 2018.
 
“Iniciamos todo um esforço ainda na gestão do ex-secretário e deputado federal, Dr. Luizinho, para que o Rio de Janeiro, mais uma vez, pudesse oferecer esse cuidado tão importante para a qualidade de vida dos bebês e de toda a família. O teste ampliado, com certeza, vai ajudar no cuidado precoce de doenças que podem resultar em atraso no desenvolvimento dos bebês”, explicou Claudia Mello.
 
Presente no Palácio Guanabara, o deputado federal Dr. Luizinho pontuou que o diagnóstico precoce deve ser considerado fato majoritário no SUS.
 
"Quando fizemos a opção de ampliar o Teste do Pezinho para 54 doenças, muitos não compreenderam, disseram que precisávamos pensar na montagem da rede. E eu disse que primeiro precisamos pensar no ser humano. A rede assistencial nós montamos no trabalho, no dia a dia. Primeiro precisamos pensar no ser humano que tem o diagnóstico negligenciado", analisou o parlamentar.

Na rede SUS, há 991 unidades de saúde cadastradas para a coleta do Programa de Triagem Neonatal no Estado do Rio de Janeiro (PTN-RJ). Em média, são realizados 11 mil testes por mês, mas o número pode variar de acordo com o número de nascidos vivos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), de janeiro a agosto de 2023, foram triadas 95.317 crianças pelo PTN-RJ. No período, 194 foram diagnosticadas com alguma das sete doenças rastreadas na primeira etapa do teste. Segundo a Superintendência de Atenção Primária à Saúde (SAPS), no escopo da secretaria, cerca de 75% dos bebês nascidos no estado são submetidos ao Teste do Pezinho no SUS.  
 
Com a ampliação, será possível diagnosticar, além das doenças mais incidentes - como hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita -, outras, como as que englobam doenças relacionadas a galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e da betaoxidação dos ácidos graxos. Com o diagnóstico antecipado, aumenta a possibilidade de tratar doenças a tempo, evitando sequelas e atraso no desenvolvimento dos bebês.

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