A Rodovia Presidente Dutra (BR-116, também SP-60 no estado de São
Paulo) faz a ligação entre as cidades do Rio de Janeiro e São
Paulo. Possui extensão total de 402 km, iniciando-se no Trevo das
Margaridas, no Rio de Janeiro e terminando na Ponte Presidente Dutra, no
acesso à Marginal Tietê, em São Paulo. No estado do Rio de Janeiro, a
rodovia tem extensão de 171 km, e no estado de São Paulo, 231 km. A Via
Dutra é considerada a rodovia mais importante do Brasil, não só por
ligar as duas metrópoles nacionais, mas bem como atravessar uma das
regiões mais ricas do país, o Vale do Paraíba e ser a principal ligação
entre o Nordeste e o Sul do Brasil.
História
A primeira ligação rodoviária entre o Rio de Janeiro e São Paulo foi
aberta pelo governo do então presidente Washington Luis e inaugurada a 5
de maio de 1928. Em 1938 foi inaugurado o Monumento Rodoviário da
Rodovia Presidente Dutra.
No final da década de 1940, a industralização e a necessidade de uma
ligação viária mais segura e eficaz entre as duas maiores cidades
brasileiras levaram à construção da atual Via Dutra, inaugurada em 19 de
janeiro de 1951 pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra. A BR-2, como era
conhecida então, possuía pista simples em grande parte do seu percurso, e
só era duplicada nos trechos entre São Paulo e Guarulhos, e na Baixada
Fluminense.
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Construção de ponte na Rodovia Presidente
Dutra
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Durante a década de 1960 a pista foi duplicada em vários trechos. Em
15 de novembro de 1967, era entregue a duplicação da rodovia, pelo então
presidente Costa e Silva, na presença de Dutra e de outras autoridades,
entre elas o ministro Mário Andreazza e o governador Abreu Sodré. A
estrada foi encurtada em 12 km, em conseqüência das variantes, de Parada
de Lucas até Vila Maria, com o custo da obra estimado em torno de NCR$
177 milhões.
Após a solenidade, o general e sua comitiva se deslocaram para o km
225, onde foi oferecido almoço, com a presença de cinco mil pessoas,
entre empreiteiros e operários. Na década de 1980 o tráfego na Dutra foi
aliviado pela construção, pelo governo paulista, de uma via expressa
entre São Paulo e Guararema, denominada de Rodovia dos Trabalhadores,
atual Rodovia Ayrton Senna. Esta via foi prolongada na década de 1990
até à cidade de Taubaté, sob o nome de Rodovia Governador Carvalho
Pinto.
Diversas personalidades faleceram em acidentes na Via Dutra, tais
como Francisco Alves (1952), na altura de Pindamonhangaba e o
ex-presidente Juscelino Kubitschek (1976), quando o Opala em que viajava
atravessou a pista, do km 163, hoje 168, ficando embaixo de uma carreta
nas proximidades de Resende.
Em março de 1996 a operação da rodovia foi concedida e atualmente é
administrada pela empresa NovaDutra S/A, a qual realizou obras de
melhoria e ampliação da pista, como marginais em São José dos Campos.