De acordo coordenadora do movimento, Cleusa Franco, no último dia 21 de março, em protesto durante a sessão na câmara municipal contra o projeto de lei, o grupo demonstrou insatisfação com a proposta que desapropriaria a área e construiria moradias para serem devolvidas aos que se enquadrassem em um projeto social..
Cleusa ainda afirmou que até agora não ninguém chamou a população para conversar, e isso está preocupando a população que não sabe como será o futuro, pois há um processo movido pelo proprietário do terreno e a situação tende a piorar.
Em uma entrevista à um programa de rádio da região, o representante do vereador Edson Quinto, o arquiteto Ronaldo Alves, disse que o parlamentar ficou assustado com a manifestação na câmara, pos a ideia do projeto é ajudar a intermediar o caso com o proprietário da área ocupada, Edson Pizzolante, que aciona a justiça, com os moradores.
Ele ainda ressaltou que o PL foi retirado de pauta e arquivado para que a situação não alardeasse a população, mas que em um momento oportuno - quando o projeto estivesse em pauta - ele iria chamar os moradores para uma conversa, afirmou.
A Segunda Vara Civil de Volta Redonda determinou que as pessoas que ocupam imóveis em área do terreno "Morada Sol" sejam notificadas por edital, publicado em um jornal impresso, sem a necessidade de citar os seus nomes, informando que são rés no processo de reintegração de posse movido pelo proprietário.
Ainda de acordo com a determinação da justiça, as pessoas terão 30 dias após a publicação para definirem a sua defesa no processo, sob pena de serem julgados a revelia.
Essa é a luta em que os moradores travam através da força do protesto pedindo ao poder publico que as defendam no processo e, readequada na atual situação, haja visto que provocaria uma situação critica às pessoas que habitam ali, afirmou a Cleusa.
A Clara Parecida, de 58 anos, disse que participou do processo de ocupação quando mais precisava de um lugar para morar. Ela ainda disse ter medo de perder tudo e não sabe como faria para ir para outro lugar e reconstruir tudo novamente: "a minha idade não permite passar por todo esse processo, lamentou.
Para a viúva Maria de Lourdes, de 75 anos, ela não tem condição de sair do local para pagar aluguel: "sou assalariada, criei a minha família e hoje não tenho condição de arcar com essas despesas", protestou.
É certo que esse momento nos preocupa em muito, a provável desapropriação do "Morada do Sol" nos deixaria sem pé e mão, não temos para onde ir, afirmou.
Os moradores ainda reclamam que o projeto do vereador não contempla o grupo e não facilitaria qualquer ação para a legalização do terreno, ou até a possível saída do local.