No quarto trimestre de 2021 (4T21), a concessionária de energia Light registrou indicadores de qualidade operacional, melhorou a arrecadação e diminuiu as perdas. No período, os investimentos totalizaram R$ 419,0 milhões – um crescimento de 70%, em comparação ao mesmo período de 2020 –, com destaque para os aportes destinados à manutenção da rede subterrânea, ao aumento da capacidade dos ativos de transmissão e à intensificação das atividades de blindagem e de normalização de clientes. Em todo o ano de 2021, a Light investiu mais de R$ 460 milhões no combate às perdas e em processos para a melhoria da arrecadação, um aumento de cerca de 40% em relação a 2020.
“No ano de 2021 demos início à construção dos pilares de uma nova Light. Implementamos um novo modelo de gestão, iniciando uma transformação profunda em toda a Companhia. Hoje, temos reunido um time altamente capacitado, com profunda experiência em processos de turnaround, motivado por desafios e que vem trabalhando com todo afinco nesse processo de mudança, que aborda não só aspectos operacionais, mas, também, de cultura organizacional”, afirma Nonato Castro, diretor presidente da Light.
Desempenho OperacionalCom o seu melhor desempenho dos últimos 20 anos, a Light figura como a 3ª melhor distribuidora do país em termos de FECi* e a 4ª melhor no DECi**, de acordo com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), considerando as distribuidoras com mais de um milhão de clientes.
* Frequência Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora (FECi)
** Duração Equivalente de Interrupção de Origem Interna por Unidade Consumidora (DECi)
Em dezembro/21, O DECi, que indica a média de horas que unidades consumidoras ficaram sem energia, foi de 6,34 horas, uma redução de 4,8% (-0,32h) se comparado a setembro/21. Já o FECi, que aponta quantas vezes, em média, unidades consumidoras tiveram interrupção de fornecimento, foi de 3,44x, no 4T21, ou 9,0% menor (-0,34x) se comparado a setembro/21.
O desempenho é fruto, principalmente, do plano de investimentos plurianual da empresa e das melhorias operacionais contínuas, como a centralização dos centros de operação e o direcionamento mais assertivo das ações de manutenção.
A estratégia de blindagem da rede segue em crescimento, com um aumento de 5,8 mil normalizações no 4T21 (59% a mais do que no 3T21), o que representa maior eficiência nas ações de combates às perdas. Com iniciativas como esta, a Light seguiu diminuindo as perdas de energia e houve queda de 209 GWh nas perdas totais (12 meses), que encerraram o trimestre em 26,63%, uma ligeira redução em relação ao 3T21. O índice de perda não-técnica/Mercado de Baixa Tensão (12 meses), ficou em 54,54%, no trimestre.
Mesmo com toda a complexidade e os desafios da área de concessão, o objetivo da atual gestão é estruturar soluções duradouras e definitivas no que diz respeito às perdas.
Revisão Tarifária
A Aneel aprovou, em 15 de março de 2022, a 5ª Revisão Tarifária Periódica da Light. Com o processo, os consumidores dos 31 municípios da área de concessão da companhia de energia tiveram, a partir desta data, um efeito médio percebido de 14,68%. Pelo cálculo da Aneel, os clientes de baixa tensão (residencial e comercial) terão correção média de 15,53% e alta tensão (indústrias) de 12,89%.
“Esta revisão é essencial para seguirmos modernizando o sistema elétrico e oferecendo um serviço cada vez melhor os clientes. A Revisão trouxe um resultado positivo para o EBITDA e para o caixa da Distribuidora de, aproximadamente, R$ 770 milhões por ano, sendo R$ 542 milhões só em 2022.”, destaca Nonato Castro.
O bom resultado da Revisão Tarifária garante a segurança necessária para a Light dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido, avançando na implementação do modelo de gestão com foco na busca por um resultado sustentável no segmento de distribuição que permita o equilíbrio na consolidação do negócio.
Desempenho Financeiro
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Light no 4T21 alcançou R$ 690,2 milhões, 46,8% abaixo do mesmo período no ano anterior (R$1.297 milhões).
O lucro líquido da Companhia foi de R$72,5 milhões no 4T21. Já a dívida líquida consolidada no final do 4T21 era de R$7.352,9 milhões, 3,6% acima da posição registrada no 3T21, de R$7.097,6 milhões.
A arrecadação total (12 meses) em dezembro/21 chegou à 96,4%, 0,2 p.p. acima de setembro/21 (96,2%) e 1,4 p.p. maior em relação a dezembro/20 (95,0%). O resultado se deve ao êxito nas medidas de arrecadação, sobretudo nos segmentos Varejo e Poder Público, com a intensificação de ações de cobrança, como negativações e contato proativo com clientes pela URA cognitiva, SMS e Whatsapp, a ampliação de meios de pagamento via cartão de crédito, PIX, PicPay e AME e melhor desempenho nas negociações com o Poder Público no período.
O indicador PECLD (Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa) sobre Receita Operacional Bruta (12 meses) encerrado em dezembro/21 foi de 3,3%, 0,2 p.p. menor em relação a setembro/21.
O mercado faturado da Companhia no 4T21 foi de 6.131 GWh, 523 GWh inferior ao 4T20 (-7,9%). Esse desempenho foi resultado do efeito combinado da lenta recuperação da economia na área de concessão ao longo do ano, com destaque para a classe Comercial, e das temperaturas médias historicamente baixas verificadas.
