Rádio Acesa FM VR: Funcionalismo decide pela greve em Volta Redonda

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Funcionalismo decide pela greve em Volta Redonda

Os servidores de Volta Redonda, incluindo os professores municipais, decidiram, em assembleias realizadas na tarde desta quarta-feira, na Praça Sávio Gama, entrar em greve por tempo indeterminado. A medida é um protesto contra a não aplicação do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) pela prefeitura de Volta Redonda.

Nesta quarta-feira, segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), 85% das escolas municipais aderiram à paralisação de advertência. Escolas municipais como Pará, Mato Grosso e João XXIII, no Retiro, não tiveram aulas, além de unidades da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), como Getúlio Vargas e Themis de Almeida Vieira.

“A paralisação foi maior justamente nas creches e jardins de infância”, informou a coordenadora do Sepe, Maria das Dores Motta, a Dodora. À tarde, antes das assembleias, sindicalistas estiveram com o bispo da Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda. “Ele se comprometeu a procurar o prefeito Antônio Francisco Neto para falar sobre a situação do funcionalismo”, disse Dodora.

Segundo ela, nesta quinta-feira – principalmente nos jardins e creches – a orientação do sindicato é para que os professores dispensem os alunos e entreguem uma carta endereçada aos pais, explicando os motivos da paralisação.  O sindicato também vai percorrer as escolas pedindo mais adesão ao movimento.

Já o Sindicato do Funcionalismo informou que também aprovou a greve a partir desta quinta-feira e percorrerá unidades da administração pública para tentar convencer os servidores a não trabalhar. No início da noite, às 18 horas, os sindicatos pretendem comparecer com o maior número possível de funcionários à Câmara para pedir o apoio dos vereadores. Na sexta-feira, às 15 horas, haverá uma nova assembleia, novamente em frente ao Palácio 17 de Julho, para decidir os próximos passos do movimento. A assembleia desta quarta contou com a presença de cerca de 200 servidores, a maioria professores.
No fim da tarde, a prefeitura emitiu uma nota de apenas quatro linhas, que se diz aberta ao diálogo com os sindicatos, "com o objetivo de conseguir um consenso nas discussões sobre o PCCS, que não inviabilize o município financeiramente, mantendo os pagamentos dos salários em dia".
- O tema é complexo, envolvendo o futuro do município e de sua população e deve ser discutido com o cuidado necessário - completa a nota.

Na terça, a prefeitura, também em nota, propôs incorporar ao salário dos professores vantagens como gratificação social, triênios, regência de turma, gratificação de nível superior “e outras ainda em análise”.

Na nota, o prefeito justifica que “não foi possível apresentar uma proposta do PCCS dentro do prazo combinado”, que era 31 de janeiro deste ano, mas diz entender que o funcionalismo público “merece e precisa que o mesmo seja discutido, finalizado e implantado”. O governo alega que não tem condições financeiras de cumprir o PCCS aprovado em 1995, que, segundo o prefeito, inviabilizaria o equilíbrio financeiro do município.

Antes do Carnaval, os representantes dos sindicatos nas comissões formadas pela prefeitura para discutir um novo PCCS decidiram deixar as reuniões, alegando que não vinham recebendo as informações solicitadas da administração para poder discutir o assunto. Eles se queixaram também de que os estudos feitos pelo município estão sendo direcionados da mesma forma como ocorreu em Barra Mansa, no governo Zé Renato (derrotado por Jonas Marins nas eleições do ano passado), que foi recusado pelo funcionalismo.

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