RIO - A 5ª Promotoria de Investigação
Penal, do Ministério Público Estadual, recebeu nesta segunda-feira o inquérito
que indicia por homicídio doloso — quando há intenção de matar — o presidente
do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) do Rio, José Leôncio de Andrade
Feitosa, e outros nove funcionários da unidade, entre diretores (três),
recepcionistas e vigilantes. Eles vão responder pela morte do fotógrafo Luiz
Cláudio Marigo, de 63 anos, há um mês. O MP tem 15 dias para oferecer a
denúncia à Justiça.
No dia 2 de junho, Marigo estava
dentro de um ônibus quando começou a passar mal, com fortes dores no peito, na
Rua das Laranjeiras. Levado pelo motorista do veículo para a porta do hospital,
ele morreu de ataque cardíaco, sem que qualquer médico do instituto tenha
aparecido para socorrê-lo.
Viúva do fotógrafo, a programadora
visual Cecília Marigo, de 69 anos, disse que a família não se surpreendeu com a
notícia. Ela lamentou o fato de, decorridos mais de um mês da morte do marido,
ninguém do hospital ter procurado a família:
Cecília acrescentou que a família
recebeu o indiciamento com “certa desconfiança”.
— Queremos que haja, sim, uma punição.
Que a morte de Luiz Cláudio não seja em vão, embora saibamos que muitas coisas
não caminham da maneira adequada no Brasil. Nosso desejo é de que pelo menos
algo mude nesse país. Não cabe a mim julgar se essas pessoas deviam ou não
estar presas. Mas quem errou tem que sentir na pele que cometeu um erro. Se não
for assim, não muda — disse, criticando ainda o fato de o Conselho Regional de
Medicina do Estado do Rio (Cremerj) não tê-la chamado para depor.
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