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Foto: Douglas Pereira |
A Câmara de Vereadores de Volta Redonda rejeitou o pedido de abertura do processo de impeachment do prefeito Samuca Silva (PSDB), em sessão nesta terça-feira (3). Foram 13 votos contra a instauração do processo.
Câmara Municipal rejeitou, por 13 votos contra e 8 a favor, o pedido do processo de impeachment contra o prefeito Samuca Silva feito pelo vereador Carlinhos Santana
O pedido do processo feito pelo vereador Carlinhos Santana, um dos principais líderes de oposição, hoje, na câmara. A sessão foi acompanhada por manifestantes que se manifestaram contra e a favor do impeachment.
Antes de começar a votação, dois vereadores de oposição ao prefeito usaram a tribuna: Jari Simão e o autor da denúncia, Carlinhos Santana. Jari pediu que os vereadores pensassem bem “porque a população que vota está lá fora”.
Após votar a favor do impeachment, antecipando o seu voto, Jari foi vaiado pelo grupo que defendia o prefeito.
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Foto: Douglas Pereira |
Ainda, antes de começar a votação, o presidente da Câmara Municipal, Nilton Alves de Faria, o Neném, teve duas falas, a do líder do Governo na Câmara, Maurício Pessoa, ele afirmou ter feito inscrição para usar a tribuna. Neném recusou o pedido, alegando que Maurício Pessoa teria feito a inscrição após a leitura da ata da sessão anterior. Houve uma troca de argumentos, mas Maurício acabou falando ao microfone, dizendo considerar lamentável que um prefeito eleito com 88 mil votos fosse submetido a uma votação de impeachment: “O povo é quem tem que julgar”, disse ele.
No momento em que iria definitivamente começar a votação, o vereador Rodrigo Furtado pediu que a denúncia fosse lida na íntegra. Houve argumentação contrária do vereador Edson Quinto, mas acabou prevalecendo a leitura integral da denúncia, que levou cerca de uma hora.
Durante esse período, o presidente da Câmara se ausentou por alguns minutos. Alguns vereadores se preocuparam com a possibilidade de ele estar passando mal e o vereador Rodrigo Furtado, vice-presidente, chegou a assumir a condução da sessão, mas Neném retornou logo.
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Foto: Douglas Pereira |
Antes de a votação começar, Marcelo Moreira, suplente do vereador Carlos Santana, assumiu temporariamente o cargo para votar sobre a admissibilidade do impeachment. No início de fevereiro, na primeira sessão legislativa do ano, os vereadores chegaram a se preparar para a votação, mas não conseguiram porque Marcelo, que não havia sido notificado, estava no Rio.
Antes da votação propriamente dita, ainda houve uma discussão sobre qual seria o quórum necessário para o impeachment. A decisão foi tomada por maioria simples, de acordo com um decreto-lei de 1967, o que levantou críticas da plateia por se tratar de uma legislação do período do regime militar.
I.*Vereadores que votaram Contra o impeachment:
José Augusto;
Maurício Pessoa;
Rodrigo Furtado;
Novaes;
Fábio Bochecha;
Paulo Conrado;
Marcelo Moreira;
Mineirinho;
Edson Quinto;
Isac;
Vair Dure;
Fernando Martins;
Laydson;
II*Vereadores que votaram a favor do impeachment:
Paulinho do Raio X;
Rosana Bergone;
Dinho;
Jari;
Granato;
Neném;
Tigrão;
Pastor Washington;