Rádio Acesa FM VR: RJ: Levantamento aponta queda na cobertura vacinal infantil nos últimos cinco anos

terça-feira, 29 de março de 2022

RJ: Levantamento aponta queda na cobertura vacinal infantil nos últimos cinco anos

Vacinas que mais tiveram redução foram as para prevenir o sarampo e a poliomielite

A cobertura vacinal infantil em todo o estado sofreu uma importante redução nos últimos cinco anos. Com exceção da BCG, que é oferecida nas maternidades, os índices são os menores desde 2002. O ano de 2020 teve o maior impacto devido à pandemia da Covid-19, em função da necessidade do isolamento social, o que dificultou o acesso aos postos de vacinação. Naquele ano, aproximadamente 40% dos bebês do estado deixaram de ser imunizados. O levantamento é da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

- Muitas doenças graves como o sarampo e poliomielite podem ser evitadas com a vacinação das crianças. Por isso é extremamente importante que os pais procurem os postos com a caderneta vacinal das crianças para que elas recebam todos os imunizantes da rotina infantil – afirmou o secretário de Estado de Saúde Alexandre Chieppe.

A primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) foi uma das que sofreu a maior redução. Quando comparados os anos de 2017 e 2021, que registraram respectivamente as coberturas de 94,29% e 55,97%, houve uma queda de aproximadamente 40%. A etapa de reforço é ainda mais preocupante, uma vez que a redução foi de cerca de 46%, com a cobertura vacinal caindo de 67,96%, em 2017, para 36,25%, em 2021. Essa segunda dose deve ser aplicada em crianças de 15 meses a 4 anos de idade. A meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) é a imunização de 95% do público-alvo.

Em 2020, foram registrados 1.302 casos de sarampo no estado, o que representa um aumento de 147% em relação a 2019, quando foram notificados 526 casos.

Outra doença que teve baixa na cobertura vacinal foi a poliomielite. A aplicação da primeira dose da vacina caiu aproximadamente 41% quando comparados os anos de 2017, que registrou 88,76% de cobertura vacinal, e 2021, com 52,26%. As doses de reforço, aplicadas entre 15 meses e 4 anos, também tiveram uma redução alarmante. A cobertura do primeiro reforço caiu de 77,20%, em 2017, para 43,24%, em 2021, o que representa uma redução de 43,98%. Já a última dose (aos 4 anos) saiu de 65,59%, em 2017, para 38,07%, em 2021. A baixa na cobertura vacinal foi de 41,95%.

O último caso de infecção por poliomielite no Brasil ocorreu em 1989, na cidade de Souza, no estado da Paraíba. Em 1994, o país recebeu o certificado de eliminação da pólio. A eliminação da doença, também conhecida como paralisia infantil, se deve ao sucesso do PNI, que prevê um calendário para aplicação de forma gratuita de mais de 12 vacinas em crianças de até 5 anos.

Entre as vacinas previstas no calendário para crianças de até 5 anos de idade, no Programa Nacional de Imunizações, estão: BCG, hepatite A e B, Penta (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), febre amarela, Tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), DTP (difteria, tétano e coqueluche) e varicela (catapora).

Já para os adolescentes, são disponibilizadas as vacinas HPV quadrivalente (papilomavírus humano), dTpa (para gestantes adolescentes, contra difteria, tétano e coqueluche), Meningocócica ACWY (conjugada) e dT (difteria e tétano). Embora o Calendário Nacional de Imunizações preveja faixas etárias para aplicação das vacinas, é importante reforçar que os imunobiológicos ficam disponíveis nas salas de vacinação dos municípios para que os esquemas vacinais sejam completados em qualquer idade.

 Covid-19 – Desde janeiro deste ano, o Ministério da Saúde autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, e da CoronaVac para crianças de 6 a 11 anos. O esquema vacinal prevê duas doses: no caso da Pfizer, o intervalo é de oito semanas; e para a CoronaVac, 28 dias. A cobertura vacinal nesta faixa etária em todo o estado está em 32%, com mais de 500 mil doses já aplicadas.

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