Rádio Acesa FM VR: Mulher teria tentado evitar assassinato

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mulher teria tentado evitar assassinato

O delegado da 88ª DP, José Mário Salomão de Omena, vai verificar uma nova na investigação do sequestro e assassinato do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos. Uma vizinha da manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, que confessou o crime, teria aconselhado a mulher a devolver a criança à família, mas ela teria respondido que não dava mais para voltar atrás.

A informação partiu do taxista Rafael Fernandes. Ele conduziu Suzana até o colégio, onde o menino estudava e os levou até o Hotel São Luiz. O motorista costuma anotar os números dos telefones de seus passageiros. Após o crime, Rafael recebeu um telefonema de Suzana, e afirma que ouviu uma mulher orientando a manicure a devolver a criança e ela respondeu que não dava mais para voltar atrás.

Segundo José Mário Omena, ele precisa saber dessa vizinha se ela soube do sequestro antes, durante ou depois.

- Se soube antes e ajudou de alguma forma, estará comprovada a participação no crime. Se houver necessidade, vou pedir a quebra do sigilo telefônico - disse José Mário Omena.

O delegado também intimou o empresário Heraldo Bichara Júnior, pai do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, para prestar depoimento nesta segunda-feira ou terça-feira, na delegacia da cidade. João Felipe foi morto há uma semana pela manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, num quarto do Hotel São Luiz, no Centro da cidade.

- Deixei o empresário escolher entre esses dois dias e também o horário que ele achar melhor para depor - disse o delegado.

O próprio policial já está quase convencido de que Heraldo teria sido o motivo que despertou a ira da manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, que confessou ter assassinado João Felipe, o asfixiando com uma toalha num quarto do Hotel São Luiz, no centro. O delegado apurar a informação da própria criminosa de que tinha um relacionamento amoroso com o empresário.

Suzana disse que pegou o garoto na porta do Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora Medianeira, onde João Felipe estudava, na segunda-feira passada, apenas para dar um susto no pai da criança.

Ela disse que foi orientada pelo taxista Rafael Fernandes, que pegou a criança no colégio, e pelo recepcionista do hotel, a matar a criança porque o menino iria reconhecê-la depois. Os dois já foram ouvidos pelo delegado e negaram a acusação feita por Suzana.

- As imagens da câmera do circuito interno de TV do hotel mostram nitidamente Suzana entrando sozinha com a criança no estabelecimento, onde ela o matou - disse o delegado.

Rafael contou que a criança não estranhou e ainda sorriu para manicure que estava dentro do táxi. Ele foi fazendo cócegas em João Felipe e brincando com ele até o hotel, onde chegou a dizer que não se preocupasse porque a mãe dele chegaria logo.

- Ao informar como matou a criança asfixiando com uma toalha, Suzana conta que arrancou fios de cabelos de João Felipe, que quando estava sendo sufocado chegou a vomitar e urinou - disse o policial.

Heraldo negou qualquer tipo de envolvimento extraconjugal com a manicure, em declação ao site noticioso G1. O delegado, porém, afirmou que cada vez está mais convencido de que Suzana matou o menino, não para se vingar da mãe, mas do pai.

- O certo é que Suzana matou João Felipe porque estava com muita raiva e para se vingar provavelmente de Heraldo. Por quê? Ainda não sei. Apenas ele poderá tirar essa dúvida. Quero saber se eles realmente foram amantes e, se foram qual o grau desse relacionamento.

Investigo ainda, a informação de que Suzana teria feito um aborto há cerca de três meses, de um filho que estaria esperando do empresário - disse o delegado.
A mãe, Aline Eiras Santana Bichara, de 24 anos, depôs na noite de  quinta-feira, na delegacia. Ela disse que nunca desconfiou do marido com a sua manicure, considerada como amiga confidente dela.

- Aline, no entanto, diante das declarações da manicure, que inclusive disse que Heraldo vivia insistindo para que ela ligasse para ele, afirmou que passou a ter dúvidas. Fui informado na quinta-feira, pela própria Aline, que o marido não tinha comparecido para depor naquele dia porque ainda estava muito abalado e não falava coisa com coisa. Por isso, marquei seu depoimento para segunda-feira ou terça, e deixei que ele escolhesse o melhor horário para comparecer à delegacia - José Mário Omena.

A morte de João Felipe ainda provoca comoção nos moradores da cidade. Vizinhos da Manicure, que moram numa via de casas na Rua Cristiano Otoni, no Centro de Barra do Piraí, disseram que a casa de Suzana vivia cheia de homens. Aline também informou ao delegado que apenas de nunca ter desconfiado dele com o seu marido, estranhava o fato de Suzana usar apenas roupas caras, incompatível com o salário de manicure.

O radialista Júlio César de Araújo, da Radio RBP, de Barra do Piraí, disse neste sábado que existia na cidade um boato de que Suzana tinha sido morta por presas do presídio de Gericinó, no Rio. Ele explicou que, na intenção de publicar na rádio uma notícia precisa, telefonou para a jornalista Tereza Garcia, em São Paulo, que é chefe de jornalismo do telejornal Hoje, e é natural de Barra do Piraí.

- Ela nos enviou um comunicado, informando que tinha conversado com os responsáveis do presídio e que eles desmentiram que a manicure tinha sido morta na cadeia - disse Júlio.

Missa

A missa de sétimo dia da morte do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, está marcada para às 18h30, da próxima quarta-feira, na Igreja Matriz de São Benedito, em do Barra do Piraí.

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