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terça-feira, 2 de abril de 2013

Servidores decidem continuar greve. Neto faz outra proposta
Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira, na Praça Sávio Gama, os funcionários que estão em greve decidiram manter a paralisação. Eles agora querem que o prefeito Antônio Francisco Neto conceda, de uma só vez, 10% de reajuste. O chefe do Executivo havia proposto, desde meados do mês passado, reajustar os salários em 6% a partir de abril e dar mais 4% agosto se, até julho, não houver um acordo em torno do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração).
Na quinta-feira da semana, Neto ofereceu dar 4% de reajuste a partir de abril, incluindo, para efeitos de cálculo, o abono de R$ 200,00 que é pago ao funcionalismo. Nesta segunda-feira, também após se reunir com o grupo de vereadores da base governista na Câmara, ele aumentou o percentual para 5%. Esta proposta, todavia, não foi votada porque chegou ao conhecimento do comando de greve pouco antes do início da assembleia.
Também nesta segunda-feira, os sindicatos que representam o funcionalismo conseguiram, através de um agravo no Tribunal de Justiça, reduzir de 80% para 70% o percentual de servidores que devem trabalhar. Os desembargadores decidiram, ainda, que a prefeitura não poderá cortar o ponto  dos grevistas enquanto não for julgado o mérito da liminar de um dos membros do Tribunal de Justiça que determinou aos sindicatos manterem 80% do efetivo trabalhando. Na última quinta-feira, quando pagou os salários de março, a prefeitura descontou os dois dias parados em fevereiro (a folha é fechada todo dia 20). Segundo Maria das Dores Mota, a Dodora, coordenadora do Sepe, a prefeitura terá que devolver o valor descontado.
Na assembleia desta segunda, porém, ficou claro que os grevistas estão divididos. Ao microfone, alguns defenderam a suspensão do movimento, enquanto outros pediram a continuidade, proposta que acabou prevalecendo. O principal argumento dos que se disseram a favor da paralisação é que o cumprimento do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários), aprovado em 1995, não depende mais do prefeito e, sim, da Justiça, já que o governo alega que o plano é inviável economicamente para o município.
Na assembleia também houve sindicalistas se queixando de que, embora votem pela continuidade da greve – iniciada no dia 27 de fevereiro – muitos servidores não participaram do movimento com piquetes, por exemplo. Hoje, a greve está restrita praticamente aos professores.
Nesta terça-feira está programado um ato religioso às 15 horas, também na praça da prefeitura, seguido de mais uma assembleia, quando a nova proposta do prefeito será avaliada.

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