Cientistas sequenciam genoma do pato para tentar vencer gripe aviária
Animal é hospedeiro dos vírus influenza H5N1 e H7N9, que atinge a China.
Equipe internacional analisou genes de pata e estudou 2 aves infectadas.
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Segundo os autores – de instituições da China, Coreia do Sul, Canadá,
EUA e vários países da Europa –, a descoberta contribui para desvendar o
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Os pesquisadores, liderados por Ning Li, da Universidade Agrícola da China, em Pequim, sequenciaram o conjunto de genes de uma pata de dez semanas de idade e estudaram dois animais infectados. Essas aves muitas vezes têm a doença, mas não manifestam nenhum sintoma. Além disso, funcionam como "reservatório" de outros tipos de gripe aviária, como o H5N1.
Ao comparar a expressão gênica (processo pelo qual uma informação hereditária é processada) nos pulmões dos patos contaminados por um vírus H5N1 mais forte ou mais fraco, a equipe identificou genes cujos padrões de expressão foram alterados em resposta à gripe aviária. Foram identificados, ainda, fatores que podem estar envolvidos na resposta imune do pato à doença.
Os dados obtidos indicam que o pato, assim como a galinha e um pássaro chamado mandarim (Taeniopygia guttata), tem um repertório menor de genes de imunidade em relação aos mamíferos. Outro ponto observado é que os patos também apresentam genes que não estão presentes em aves como galinhas, mandarins e perus.
Daqui para frente, "os cientistas serão capazes de explorar mais profundamente os mecanismos de disseminação e infecção da gripe aviária", destacou o gerente do Instituto de Genômica de Pequim (BGI), Jianwen Li, um dos autores do trabalho.
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