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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Trabalhadores votam nova proposta de acordo salarial da CSN
   
Trabalhadores votam nova oferta da CSN, novamente com recomendação de rejeição
Retorno: Trabalhadores votam nova oferta da CSN, novamente com recomendação de rejeição
Volta Redonda

Os empregados da CSN votam nesta quarta-feira, em escrutínio secreto, mais uma proposta da empresa, visando o acordo salarial 2013/2014. A proposta foi apresentada em uma rodada de negociação realizada anteontem e o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense vai levá-la a votação para, segundo o boletim emitido ontem, não ser acusado de intransigência. "Depois de uma negociação de mais de duas horas, o avanço na proposta apresentada pela empresa foi insignificante", afirma o boletim. Em função disso, o Sindicato está recomendando aos trabalhadores que rejeitem a oferta da empresa.

No entanto, o boletim não indica que será desta vez que a alternativa à aceitação da proposta da empresa será a greve. No dia sete de junho, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Renato Soares, havia afirmado que na votação seguinte a alternativa ao acordo seria a greve, mas, como a proposta apresentada pela CSN não foi qualificada como "proposta final", como a empresa costuma fazer ao atingir o que considera o limite para suas concessões, é possível que os representantes dos trabalhadores tentem conseguir uma melhora no acordo coletivo antes de colocarem a greve, oficialmente, como uma opção.

A proposta que será votada hoje pelos metalúrgicos da CSN será a seguinte: reajuste salarial pelo INPC (7,16%), a ser aplicado em julho/2013, com teto máximo de reajuste de R$ 400,00; aumento no cartão alimentação de R$ 275,00 para R$ 290,00, retroativo a maio/2013, mantida a participação de 5% do trabalhador e crédito adicional de R$ 150,00 em dezembro/2013, sem participação. O item mais polêmico é a incorporação da diferença da bonificação de férias (que a CLT determina 1/3 do salário e a empresa paga 70%, sendo uma diferença de 36,77%) no salário do trabalhador. Isso resultaria em um acréscimo de aproximadamente 2,75% no salário, trocando o abono de férias maior por aumento real.

Em entrevista publicada no boletim do sindicato, Renato Soares explicou os motivos pelos quais recomenda a rejeição da proposta: segundo ele, o sindicato, sob sua gestão, não "está aqui para entregar os direitos dos trabalhadores". Ele afirma que essa era a política praticada pela gestão anterior mais condenada por ele, quando na oposição, e que, nem na crise de 2008, quando a CSN fez de tudo para voltar com o turno de oito horas, o sindicato cedeu.

-  A bonificação de férias vai continuar a ser paga a 70% - resume Renato.

O sindicalista também afirma que, como a data-base do acordo é maio, não recomendará a aceitação de nenhuma oferta que não seja retroativa àquele mês.

Sobre o Banco de Horas, Renato afirma que muitos dos trabalhadores do turno são buscados em casa para trabalharem em suas folgas e ficam depois do horário, gerando assim muitas horas-extras, que já viraram parte e seus salários e do seu padrão de vida.

"Por isso, o sindicato não concorda com o Banco de Horas. Se o pessoal da área administrativa se interessar pela criação do Banco de Horas - para poderem viajar ou aumentarem seu descanso - podemos pensar em realizar um plebiscito com o pessoal do administrativo, mas apenas para eles", conclui Renato.

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