O Subtenente Valdenei Duarte, de 56 anos, foi à porta da penitenciária em Bem Fica, Zona Norte do Rio de Janeiro (Antiga Polinter) neste sábado (28), dia do Servidor Publico, para protestar contra o ex-governador Sérgio Cabral, usando um megafone.
Duarte disse que sente satisfação em saber que Cabral está preso e que será transferido para um presídio federal, e que seu advogado não conseguirá reverter a situação. Segundo ele, o ex-governador perseguiu os bombeiros do Rio e a ele, especialmente.
"Você merece está preso, Cabral, por tudo o que você fez contra os funcionários públicos, deixando o estado quebrado, agora chegou a sua vez, você tem de está preso, onde é o seu lugar!"
Em 2012, o subtenente participou de manifestações em prol de melhores condições de trabalho. Acabou preso e foi exonerado. Ficou um ano e cinco meses afastado do Corpo de Bombeiros. Ele disse que conquistou na Justiça sua reintegração.
O Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, confirmou na última quinta-feira (26) a transferência do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para a penitenciária federal de Campo Grande (MS). O deslocamento será feito nos próximos dias.
A decisão se deu porque a penitenciária sul-mato-grossense, uma das quatro unidades federais de segurança máxima no país, possui ala separada das celas ocupadas por chefes do crime organizado.
1ª instância da Operação Lava Jato em território fluminense, o magistrado autorizou a transferência a pedido do MPF (Ministério Público Federal), na última segunda-feira (23).
A solicitação foi feita depois que Cabral mencionou informações pessoais sobre Bretas durante interrogatório na 7ª Vara, em processo referente a suposto crime de lavagem de dinheiro a partir da aquisição de joias e pedras preciosas. Na ocasião, o peemedebista afirmou que a família do magistrado seria proprietária de negócio no ramo de bijuterias. Repreendido pelo juiz, o político respondeu: "São as informações que me chegaram".
O MPF considerou que, mesmo detido, Cabral estaria recebendo informações privilegiadas e possivelmente atuando de forma ilegal no sentido de reunir dados para sua defesa. Na versão da Promotoria, a cadeia onde ele está (em Benfica, na zona norte carioca) não teria, portanto, condições de garantir a permanência do ex-governador nos termos estabelecidos pela Justiça.
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