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Novembro está sendo considerado um dos meses mais violentos. Em apenas três semanas, foram registrados 12 casos de homicídios. Boa parte deles, envolvendo menores e jovens assassinados de forma brutal.
Indicadores no estado do Rio de Janeiro (agosto de 2017)
- Homicídio Doloso – Aumento de 1,3% em relação a agosto de 2016 (387 em 2016 – 392 em 2017).
- Letalidade Violenta (Homicídio Doloso, Latrocínio, Lesão Corporal Seguida de Morte e Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial) – Aumento de 0,6% em relação a agosto de 2016 (479 em 2016 – 482 em 2017).
- Policiais Civis e Militares Mortos em Serviço – Redução de quatro vítimas em relação a agosto de 2016 (7 em 2016 – 3 em 2017).
- Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial – Redução de 5,4% em relação a agosto de 2016 (74 em 2016 – 70 em 2017).
- Roubo com Condução da Vítima para Saque em Instituição Financeira – Redução de duas vítimas em relação a agosto de 2016 (7 em 2016 – 5 em 2017).
- Roubo de Rua – Aumento de 17,6% em relação a agosto de 2016 (10.959 em 2016 – 12.886 em 2017).
Indicadores de produtividade policial (agosto de 2017)
- Armas Apreendidas – Aumento de 13,1% em relação a agosto de 2016 (659 em 2016 – 745 em 2017), sendo 23 fuzis.
- Recuperação de Veículo – Aumento de 67,7% em relação a agosto de 2016 (2.084 em 2016 – 3.494 em 2017).
- Cumprimento de Mandado de Prisão – Aumento de 32,4% em relação a agosto de 2016 (1.381 em 2016 – 1.828 em 2017).
- Prisões (Guia de Recolhimento de Preso) – Aumento de 9% em relação a agosto de 2016 (3.377 em 2016 – 3.680 em 2017).
- Prisões (Auto de Prisão em Flagrante e Cumprimento de Mandado) – Aumento de 9,4% em relação a agosto de 2016 (4.198 em 2016 – 4.594 em 2017).
- Apreensões de Adolescentes (Guia de Apreensão de Adolescente Infrator) – Redução de 5,2% em relação a agosto de 2016 (769 em 2016 – 729 em 2017).
- Apreensões de Adolescentes (Apreensão de Adolescente por Prática de Ato Infracional e Cumprimento de Busca) – Redução de 7,2% em relação a agosto de 2016 (825 em 2016 – 766 em 2017).
Policiais reclamam de falta de infraestrutura
Em meados de novembro, policiais militares e civis disseram que têm sofrido com a falta de infraestrutura. Na região, segundo informação da própria polícia, as viaturas estão sem condições de uso por problemas mecânicos, falta combustível. Os policiais reclamam ainda que estão sem receber o décimo terceiro salário de 2016.Nas delegacias, eles se queixam da falta de insumos básicos como, por exemplo, toner e papel A4 para impressão de documentos e boletins de ocorrência.
No ano passado, foi criado o Fundo de Apoio à Segurança Pública (Fasp), idealizado pelas entidades empresariais de Volta Redonda para dar suporte as polícias Civil e Militar. A iniciativa, no entanto, não foi suficiente para atender a demanda por ajuda só vem crescendo, principalmente em relação às viaturas sem condições de uso por problemas mecânicos.
De acordo com a organização do Fasp, este ano no mês de novembro apenas duas viaturas da PM receberam apoio, onde passaram por reforma e manutenção possibilitando o retorno às ruas.
Sede da 2ª Companhia de PM funcionará no Centro de BM
O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, anunciou na semana passad a transferência da sede administrativa da 2ª Companhia de Polícia Militar, do 28º Batalhão, do bairro Vila Nova, para o Centro da cidade. A Companhia irá funcionar onde era o Restaurante Popular.– Vamos também manter o DPO (Destacamento de Polícia Ostensiva) na Vila Nova, melhorar a estrutura física do imóvel e ampliar a oferta de serviços visando melhorar a interação entre o Poder Público e a população – disse o prefeito.
Manifestação
Representantes de diversas entidades organizam a Caminhada da Paz, marcada para a próxima sexta-feira (08). O objetivo é chamar atenção da comunidade, políticos e instituições sobre o crescente aumento nos casos de violência registrados no município.
No mesmo dia, provavelmente às 9h ou às 12h, Igrejas Católicas vão tocar sinos como forma de protestar contra a violência no município. A caminhada terá início às 08h30min, em frente ao antigo Restaurante Popular. De lá, manifestantes saem com destino à Rua Rio Branco, no Centro da cidade.
Entidades e lideranças comunitárias já se manifestaram favorável ao evento e garantem participar da Caminhada pela Paz. Representantes da Igreja Católica, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Associação de Moradores, estão entre os que aderiram a manifestação. Alunos da UBM (Universidade de Barra Mansa), também foram convidados e deverão enviar representantes.
A presença desses alunos se torna fundamental, inclusive, por conta da morte do estudante de psicologia Caio César Alves Camargo, de 23 anos, assassinado a tiros durante uma tentativa de assalto, a poucos metros do Centro Universitário de Barra Mansa, onde ele estudava. O universitário foi morto por dois ocupantes de um Gol cinza, modelo antigo, no trevo das ruas Mário Ramos e José Alves Caldeira, no Centro. Ele teria reagido a um assalto. Caio estava acompanhado de outro estudante de psicologia, Breno Caneda, de 19 anos, que também foi baleado, mas sobreviveu.
Vítimas
O perfil das vítimas de homicídio é outro fator que vem assustando moradores. Alguns são jovens e menores de idade. Um desses casos é Marcos Vinícius Alves da Silva, o Marquinho, de 16 anos, encontrado morto, no Loteamento Novo, na Vista Alegre. O rapaz, possivelmente teria sido morto a golpes de facão, e de acordo com polícia militar, parte do couro cabeludo foi arrancada.
Os registros revelam ainda a morte de outros dois jovens: Matheus de Melo Soares, de 16 anos, e Gabriel Freitas de Andrade, de 18, assassinados com tiros de uma arma de grosso calibre. Outro rapaz Alex Gil Barbosa, de 20 anos, também foi morto a tiros, na Rua Prefeito João Luiz, no bairro Saudade.
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