Entre esses novos casos há um de reinfecção. Uma mulher, de Volta Redonda, mas que trabalha na capital e em Angra dos Reis, testou positivo para Covid-19 em maio e novamente teve a doença detectada em seu organismo em agosto.
Diante de tal cenário, alguns especialistas falam em uma segunda onda de casos no Rio de Janeiro. No início deste mês, a Fiocruz já alertava para isso.
O Boletim InfoGripe, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou, no dia 07/08, que Amapá, Ceará e Rio de Janeiro tinham sinal de retomada do crescimento (uma segunda onda) de Covid-19.
Segundo especialistas, o aumento no número de casos, após semanas de queda, se dá porque boa parte da população está ignorando medidas de prevenção, como evitar aglomerações, uso de máscaras e álcool em gel.
“A gente já está se acostumando a ver, no Rio de Janeiro, a aglomeração de pessoas em locais como bares e na praia, e, principalmente, sem o uso de máscara ou tomando as medidas de higiene que são recomendadas. O vírus se aproveita exatamente disso para se proliferar. As pessoas estão naturalizando os números, infelizmente. Apesar de a gente continuar com essa média de mil óbitos por dia [no país], as pessoas estão tentando retomar uma rotina que existia antes da pandemia, mas isso não é possível agora. Se a gente continuar com o processo de reabertura, ignorando a doença, ela vai cobrar”, disse infectologista do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz) Diego Xavier.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio de Janeiro informou que não utiliza a média móvel para contabilizar os casos da doença para evitar distorções. A Secretaria disse que o número de óbitos está em queda sustentada desde o início de maio, quando analisada a data da ocorrência da morte e não a data de sua divulgação.
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