Rádio Acesa FM VR: Conselho de Comunicação debate propostas de flexibilização da Voz do Brasil

terça-feira, 8 de julho de 2014

Conselho de Comunicação debate propostas de flexibilização da Voz do Brasil

Conselho de Comunicação debate propostas de flexibilização da Voz do Brasil

Reunião DeliberativaReinvindicação antiga das emissoras de rádio, a possibilidade de transmitir o programa "A Voz do Brasil" em horários flexíveis foi discutida pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso em audiência pública nesta segunda-feira. Criado em 1935, no governo Getúlio Vargas, o programa mais antigo do mundo ainda veiculado vai ao ar obrigatoriamente de segunda a sexta às 7 da noite.
Dois projetos com interesses opostos tramitam no Congresso. O Projeto de Lei do Senado (PLS 19/2011) confirma a obrigatoriedade do horário de transmissão e propõe que o programa se torne parte do patrimônio imaterial do país. Já outro Projeto de Lei (PL 595/2003) autoriza que as rádios iniciem a transmissão do programa entre as 7 e as 10 da noite.
Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Debatedores apresentaram argumentos divergentes em reunião do Conselho de Comunicação
 
Em junho, a presidente Dilma Rousseff assinou uma medida provisória flexibilizando a transmissão do programa em horário alternativo durante a Copa do Mundo. Nos dias dos jogos, o programa poderia ser transmitido, a critério das emissoras, entre 19 e 22h.
Conselheiro de Comunicação da Empresa Brasil de Comunicação, Murilo Ramos é contra a flexibilização do horário de transmissão. Ele acredita que o Governo brasileiro não teria condições de fiscalizar o cumprimento das novas regras.

"O Brasil não dispõe, no setor de radiodifusão, de instituições e de normas, ou seja, de legislação capaz de fazer a fiscalização desta flexibilização. Isso vai gerar um caos porque vai acontecer isso: uma rádio bota num horário, tenta outro. Com o que tempo, o quer vai acontecer, fatalmente, é que, sem a fiscalização, sem o Estado presente assegurando que aquilo é importante, eu acho que vai acontecer o fim da A Voz do Brasil."
Já Luis Roberto Antonik, diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV, defende que a flexibilização traria benefícios para o público e para as rádios, inclusive com o aumento da audiência do programa.

"A Voz do Brasil quando foi criada, há 79 anos, ela tinha um contexto. O Brasil hoje é totalmente diferente. Nós temos milhões de veículos, milhares de emissoras. A Voz do Brasil precisa mudar também. Então, se você pudesse diluir o programa nessas três horas que nós pleiteamos, a audiência aumentaria segundo uma pesquisa feita pelo Datafolha agora no mês de fevereiro deste ano."
Com o debate, o Conselho de Comunicação do Congresso vai colher argumentos favoráveis e contrários à mudança de horário. A discussão vai subsidiar o relatório que vai ser produzido pelos conselheiros Walter Vieira Ceneviva, Nascimento Silva e Ronaldo Lemos.

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